Embora “Discovery” tenha sido a aventura mais futurista de todo o cânone, o cenário do século 32 tecnicamente não foi o mais longe que já vimos em “Trek”. Essa honra vai para “Calypso”. Na época em que a primeira temporada de “Discovery” foi ao ar pela primeira vez e os fãs aguardavam pacientemente a segunda temporada, a Paramount decidiu aguçar o apetite dos Trekkies em todos os lugares, lançando uma série de curtas-metragens, intitulados “Short Treks”, para preencher várias lacunas na série e contar histórias independentes que dão corpo ao mundo. Uma entrada particularmente comovente estrelou o ator Aldis Hodge (“Black Mirror”, “One Night in Miami”, “Black Adam”) como um sobrevivente “naufragado” chamado Craft, que se encontra em um USS Discovery, agora abandonado, mil anos no futuro. Sozinho, com apenas uma inteligência artificial senciente para lhe fazer companhia, os dois se aproximam com o tempo e até acabam à beira do precipício de se apaixonar. A IA se chama Zora (dublada por Annabelle Wallis) e ela, é claro, acabou sendo incorporada à ação na 3ª temporada da série principal. Fale sobre dar o seu próprio tiro.
Mas, de acordo com Michelle Paradise, a próxima temporada teria fechado o círculo com os eventos de “Calypso”. Como ela explicou:
“Sempre soubemos que queríamos de alguma forma amarrar isso. Nunca quisemos que ‘Calypso’ fosse o Chade pendente… O [season 6] a história, por mais incipiente que fosse, acabaria amarrando esse fio e conectando ‘Discovery’ com ‘Calypso’.
O final sugere isso quando um Burnham mais velho diz a Zora que eles estão levando o Discovery para o espaço profundo e deixando-a lá indefinidamente. É um final agridoce e ambíguo, mas aquele em que os Trekkies investidos sempre podem continuar em sua própria imaginação.