No filme “Coerência”, somos apresentados ao conceito da porta para lugar nenhum logo no início, através da personagem de Elizabeth Gracen, Beth, que a descreve como parte do Feng Shui e um vórtice de energia negativa. Ao longo do filme, a porta – que não leva a lugar nenhum – é utilizada por diversos personagens que claramente não deveriam estar na casa.
Como explicado por Byrkit, quando os personagens Hugh (Hugo Armstrong) e Amir (Alex Manugian) deixam a casa levando consigo uma caixa, eles passam por aquela porta para lugar nenhum e colocam uma luva de forno dentro dessa caixa. Isso se deve ao fato de que, como descobrimos no desfecho do filme, aquela é a casa da luva de forno, uma informação que os personagens Emily (Emily Foxler), Kevin (Maury Sterling) e Laurie (Lauren Maher) não percebem. Byrkit observa que se eles tivessem notado a presença da luva de forno e questionado sua existência no lugar da raquete de pingue-pongue, a história teria tomado um rumo diferente, mas isso não aconteceu, nem perceberam os atores do filme.
Durante o filme, descobrimos que existem versões “boas” e “ruins” dos personagens, sendo que os que atravessam a porta para lugar nenhum são todos considerados “ruins”, o que se mostra uma pista importante do que está acontecendo. Quando ouvimos Hugh batendo na porta, é o primeiro indício de que ele não é quem aparenta ser. Da mesma forma, vemos a personagem Emily utilizando aquela porta no desfecho do filme para eliminar sua sósia e assumir seu lugar em uma realidade diferente. Beth estava certa em suas observações, indicando que quem está próximo da porta tem energias negativas e questões não resolvidas.
Antes de assistir à surpreendente sequência de “Coerência”, é recomendado revisitar o filme original com esse novo conhecimento em mente.