Toho controlou amplamente o destino da franquia “Godzilla” durante a maior parte de sua existência, desde o clássico original do filme de monstros de 1954 que deu início a tudo. Mas Hollywood tentou sua sorte algumas vezes, inclusive em 1998, quando Roland Emmerich tentou fazer um filme americano “Godzilla”, com resultados desastrosos. Demorou 16 anos para Toho se reunir com Hollywood, com a Warner Bros. e a Legendary se unindo no filme de Edwards. Isso foi bem-sucedido o bastante para justificar uma continuação. Devagar, mas consistentemente, os estúdios construíram um universo cinematográfico que resistiu mais do que muitos outros que tentaram o mesmo nos últimos anos. WB e Legendary foram pacientes, não tentaram apressar as coisas. Essa paciência foi grandemente recompensada.
Uma coisa que colaborou bastante foi o fato dos orçamentos desses filmes terem sido bastante controlados. O mais caro foi “Ilha da Caveira”, custando impressionantes US$ 185 milhões, mas também é o filme de maior bilheteria da série até hoje. Wingard manteve as coisas bastante razoáveis durante sua gestão, com “Godzilla vs. Kong” custando US$ 155 milhões. O mais surpreendente é que ele fez “Godzilla x Kong” por ainda menos, com um orçamento estimado em apenas US$ 135 milhões. Sei que dizer “apenas” pode parecer bobo quando falamos de números tão altos, mas em comparação com os sucessos de bilheteria modernos, esse é um número surpreendentemente baixo.
Se o MonsterVerse vai continuar ou não é outra questão. Todas as partes têm motivos para seguir em frente, e Wingard parece interessado em voltar para completar sua trilogia. Por que não manter esse trem kaiju nos trilhos?
Falei mais sobre isso no episódio de hoje do podcast /Film Daily, que você pode ouvir abaixo:
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“Godzilla x Kong: O Novo Império” já está nos cinemas.
