O que estamos presenciando é uma mudança significativa nos hábitos de consumo. Antes mesmo da pandemia, ir ao cinema já estava se tornando algo menos frequente para muitas pessoas. Porém, com o fechamento dos cinemas por um ano inteiro e o aumento da disponibilidade de filmes no VOD, a tendência de ficar em casa se intensificou. A combinação disso com a popularização dos serviços de streaming e o custo elevado de ir ao cinema tem levado cada vez mais o público a optar por outras atividades em um fim de semana comum.
É certo que, talvez em 2019, um filme como “Furiosa” teria feito mais sucesso. Mas atualmente, a situação é diferente. Mesmo em 2021, “Um Lugar Silencioso: Parte II” arrecadou US$ 57 milhões, enquanto “Cruella” conquistou US$ 26,5 milhões mesmo estando disponível simultaneamente no VOD. As coisas estão mudando rapidamente e é necessário que todos os setores da indústria cinematográfica, desde os estúdios de Hollywood até os responsáveis pelas grandes redes de cinemas, unam esforços para solucionar esses problemas o quanto antes. O ideal seria que essas mudanças tivessem iniciado ontem, mas o hoje terá que servir.
Pode ser que a redução dos preços dos ingressos, conforme sugerido por Tom Rothman da Sony, seja uma alternativa viável. Melhorar a experiência média do cinema também pode ser uma saída. Certamente, envolve também ter paciência antes de lançar um filme diretamente no VOD, uma vez que é fundamental reconstruir o hábito de ir ao cinema de forma mais abrangente. Todos esses fatores, somados a um calendário escasso de lançamentos para 2024, criaram um cenário desafiador no Memorial Day. Esperamos que em 2025 as coisas estejam melhores.
Para saber mais sobre esse assunto, confira o episódio de hoje do podcast /Film Daily, disponível para audição abaixo:
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