Quantidade em vez de qualidade tem sido definitivamente um problema nos filmes recentes da Marvel. O estúdio aumentou exponencialmente o número de filmes lançados ao longo dos anos, passando de dois para três por ano, e até mesmo um recorde de quatro filmes em 2021 – sem contar também vários programas de TV intermediários.
A questão é que não foi apenas a qualidade que diminuiu, mas a urgência. Muito se tem falado sobre a Fase 4 do MCU e como ela é sem objetivo, e parte do problema com o número de filmes lançados é que, uma vez, ter dois ou três filmes por ano, cada um somando-se à história geral, era bom. Havia motivos para assistir ao próximo filme (além da qualidade, claro). Mas agora, sem muito em termos de história ou continuidade, é difícil para o público justificar assistir a um único filme da Marvel, muito menos a quatro por ano, sem saber se valerão a pena. Sempre que um novo título tenta mudar o status quo, como “Eternos” ou “Invasão Secreta”, ele é imediatamente reconfigurado ou resolvido para não afetar o resto do MCU.
Este novo plano salvará o MCU ou o público mal registrará a mudança? Só o tempo dirá, mas como cada estúdio aperta o botão de pânico e procura maneiras de cortar custos, menos títulos de US$ 200 milhões não é a pior ideia.
A quantidade de filmes lançados pela Marvel tem se tornado uma preocupação para os fãs. Com o aumento exponencial do número de lançamentos a cada ano, passando de dois para três filmes e até mesmo quatro em 2021, a questão da qualidade e relevância dos filmes tem sido amplamente discutida.
Além da diminuição na qualidade, outro problema é a falta de urgência nas narrativas. Com a Fase 4 do MCU sendo criticada por sua falta de propósito, a saturação do mercado com tantos lançamentos torna difícil para o público se manter engajado. Antes, a expectativa em torno de cada novo filme era impulsionada pela conexão com a história geral do universo compartilhado da Marvel. No entanto, com a falta de coesão e continuidade entre os filmes, fica complicado justificar o interesse em assistir a tantas produções anuais, sem garantia de que serão significativas ou impactantes.
A abordagem de introduzir constantemente novos títulos para tentar mudar o panorama do MCU, como vimos com “Eternos” e “Invasão Secreta”, muitas vezes acaba sendo subutilizada ou resolvida de forma superficial, sem afetar de forma significativa as tramas globais do universo cinematográfico. Isso contribui ainda mais para a sensação de estagnação e falta de evolução nas narrativas.
Com esse cenário em mente, surge a pergunta: o novo plano da Marvel irá realmente salvar o MCU ou será apenas mais do mesmo para um público cada vez mais desinteressado? A resposta só será conhecida com o tempo, mas a busca dos estúdios por cortes de custos e uma maior valorização da qualidade sobre a quantidade pode indicar uma mudança positiva no horizonte.
Em um mercado saturado de super-heróis e blockbusters, a aposta em menos lançamentos com orçamentos estratosféricos pode ser uma lufada de ar fresco, permitindo que as histórias sejam exploradas de forma mais consistente e impactante, sem a pressão de cumprir um calendário sobrecarregado de estreias. O público, por sua vez, poderá ter mais confiança ao investir seu tempo e dinheiro em filmes que prometem ser verdadeiramente memoráveis e relevantes dentro do universo cinematográfico da Marvel.